Dr. André Guimarães

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Doença Coronariana

Doença Coronariana

A doença coronariana é o resultado da formação de placas de aterosclerose, que são placas de tecido fibroso e colesterol, que crescem e acumulam-se na parede dos vasos a ponto de dificultar ou mesmo impedir a passagem do sangue. O crescimento desta lesão pode ser acelerado por fumo, pressão alta, colesterol sanguíneo elevado e diabete. A doença é mais frequente à medida que envelhecemos, mas não é uma consequência natural do envelhecimento. Também se manifesta mais tardiamente nas mulheres, após a menopausa, provavelmente devido à proteção conferida pelos hormônios femininos. Uma história familiar de doença coronariana torna a pessoa mais predisposta.

Quando o entupimento da artéria pela aterosclerose envolve mais de 50 a 70% do seu diâmetro, o fluxo sanguíneo torna-se insuficiente para nutrir a porção do coração irrigada por aquela artéria doente, especialmente quando a necessidade de oxigênio é maior, como durante exercício físico. A irrigação inadequada de uma determinada região, levando-a ao sofrimento e expondo aquele tecido ao risco de morrer denomina-se isquemia. A isquemia, se prolongada, pode provocar a morte do tecido e este fenômeno se denomina infarto. Quaisquer regiões do corpo podem sofrer isquemia ou infarto. Quando isto ocorre no coração, os termos utilizados são isquemia miocárdica e infarto do miocárdio. Ambas as situações são percebidas pelo paciente na maioria das vezes como dor no peito. Coração dói, sim, ao contrário do que imagina a população. Mas dói quando sente falta de irrigação sanguínea, ou seja, quando fica isquêmico. A dor percebida durante um esforço físico e que desaparece com a interrupção deste esforço é denominada “angina de peito”. Infelizmente, cerca de 25% dos pacientes podem ter isquemia miocárdica sem experimentarem qualquer dor, embora estejam sujeitos ao mesmo risco de sofrer um infarto do miocárdio e possam ter os sinais da doença documentados por um eletrocardiograma de esforço, por exemplo. Esta situação denomina-se isquemia silenciosa e é bastante frequente em diabéticos.

Geralmente o infarto do miocárdio ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma sobre uma placa aterosclerótica e obstrui-a súbita e completamente. Às vezes, um “filete” de sangue ainda passa, deixando o coração isquêmico, fazendo com que o paciente sinta dor mesmo estando em repouso, mas permitindo que o músculo cardíaco sobreviva. Esta situação denomina-se “angina instável” e, como o nome já diz, é um estado muito instável, pois o infarto do miocárdio pode instalar-se a qualquer momento.

Quais os exames úteis para diagnosticar a doença coronariana?

Eletrocardiograma comum ou em repouso É um registro da atividade elétrica do coração e pode fornecer várias informações, inclusive sobre a presença de sofrimento do coração por isquemia. No entanto, o paciente pode ter obstruções arteriais por doença coronariana e exibir um eletrocardiograma normal, pois em repouso, a obstrução ou obstruções existentes permitem a passagem de uma quantidade suficiente de sangue para irrigar aquele músculo que não está sendo exigido por um esforço maior.

Teste de esforço ou ergometria É uma forma de tentar compensar esta deficiência do eletrocardiograma em repouso. Em sua forma mais simples, o paciente exercita-se numa esteira ou bicicleta ergométrica, enquanto o eletrocardiograma, o pulso e a pressão arterial são registrados, de modo a sobrecarregar o coração e tentar evidenciar algum sinal de isquemia. Este exame, quando aplicado em indivíduos com alguma probabilidade de apresentar a doença, consegue diagnosticá-la em 60 a 70% dos casos.

Formas mais sofisticadas, mas baseadas no mesmo princípio de sobrecarregar o coração, são a cintilografia miocárdica ou o ecocardiograma sob stress. Nestes casos, ao invés do eletrocardiograma, obtêm-se imagens representativas do estado de irrigação do músculo cardíaco submetido a uma sobrecarga. Estes métodos são mais apurados do que o teste ergométrico comum para diagnosticar a doença, mas são também mais caros e devem ser utilizados em casos selecionados.

Cateterismo cardíaco com cinecoronariografia Cateterismo significa introduzir um pequeno tubo flexível através de um vaso sanguíneo ou conduto, a fim de permitir injeção de substâncias ou contraste radiológico ou então medir pressões dentro de vasos ou cavidades. No caso do cateterismo cardíaco, o tubo, chamado de “cateter” é introduzido através do braço ou virilha sob anestesia local e avançado até o coração e artérias coronárias, onde são feitas injeções de contraste radiológico. Assim, é possível visualizar, através de raios-X, as artérias e localizar com precisão a forma, a extensão e a gravidade das obstruções encontradas. Embora seja o método ideal para diagnosticar a existência da doença, sua indicação obedece a critérios muito específicos, pois é dispendioso, invasivo e envolve radiação. Além disso, este método, na maioria das vezes, não é capaz de, por si só, definir a conduta a ser tomada em relação ao paciente, sendo para isto necessária uma boa avaliação clínica e, frequentemente, um teste “provocativo” (esforço, cintilografia, etc).

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