Dr. André Guimarães

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Cirurgia Aorta

Cirurgia Aorta

As  doenças que acometem a aorta podem ser adquiridas ou relacionadas a um componente genético. Entre as doenças adquiridas, a que mais se destaca é a aterosclerose – mesma doença que leva ao entupimento progressivo das artérias coronárias. Esta doença pode trazer como consequência o infarto, bem como o entupimento progressivo dos vasos que nutrem o cérebro, levando  aos chamados acidentes vasculares cerebrais, popularmente conhecidos como “derrames”.

A aterosclerose da aorta leva à formação de placas de ateroma (popularmente chamados placas de gordura), que degeneram a parede da aorta e, muitas vezes, a enfraquecem, formando aos chamados aneurismas e também às dissecções da aorta. Estas doenças estão associadas, na grande maioria dos casos, à necessidade de tratamento cirúrgico.

Os aneurismas da aorta são como dilatações ocasionadas por enfraquecimento de sua parede. Podem ser causados pela aterosclerose ou também por doenças degenerativas. Apresentam o risco de ruptura da parede da aorta e podem levar à morte súbita. Fatores como a localização, o tamanho e a extensão do aneurisma da aorta determinam a sua gravidade e a necessidade de tratamento cirúrgico, que pode ser aberto ou percutâneo.

Outra doença que também acomete a aorta – e de forma aguda, é a chamada dissecção da aorta. Para se entender o que é, vamos exemplificar comparando-se a aorta a um cano que tem suas paredes formadas por múltiplas camadas de tecido. Na dissecção da aorta temos o sangue perfurando as camadas internas da parede da aorta e sem produzir, numa fase inicial, sua ruptura. O sangue caminha por dentro da parede da aorta, entre suas camadas, enfraquecendo-a. Cria o que chamamos de falso trajeto, com risco de ruptura iminente.

A dissecção da aorta acontece de forma aguda e, na maioria dos casos, há necessidade de tratamento cirúrgico de emergência. Apesar da extrema gravidade, em algumas situações, dependendo da localização, extensão e dissecção, o paciente pode ser conduzido sem a necessidade de cirurgia de emergência.

Existem ainda outras doenças que acometem a aorta, de natureza congênita, que são abordadas na seção sobre cardiopatias congênitas.

Cirurgia de Aneurisma da Aorta

As cirurgias da aorta podem ser tanto as chamadas cirurgias abertas, como as chamadas cirurgias fechadas – o chamado tratamento percutâneo.

As cirurgias abertas são mais comumente empregadas nos aneurismas de aorta ascendente e arco aórtico. Consistem, na grande maioria dos casos, na troca da região afetada por uma prótese tubular de material sintético. O risco desta cirurgia está diretamente relacionado ao local do aneurisma, ao comprometimento ou não do arco aórtico (cirurgias de maior risco) e, evidentemente, ao estado clínico do paciente quando submetido ao tratamento cirúrgico.

As cirurgias de aorta são frequentemente associadas a outras cirurgias cardíacas, como a revascularização do miocárdio e/ou às trocas de válvula aórtica ou mitral. As cirurgias que envolvem o arco aórtico são, normalmente, cirurgias muito extensas. Quando o tratamento cirúrgico está indicado para os aneurismas de aorta ascendente e arco, na quase totalidade, a cirurgia é aberta, não sendo indicado o tratamento percutâneo (fechado). Os aneurismas que comprometem o seguimento da aorta descendente e aorta abdominal, na grande maioria dos casos, permitem o tratamento percutâneo.

O tratamento percutâneo é realizado através da passagem de uma prótese por uma punção em um vaso da perna (ramo da aorta), que segue até o local do aneurisma. Lá chegando, a prótese é expandida e recobre internamente a parede da aorta. Com isso, devolve o diâmetro e a resistência originais desta região, evitando que continue a se expandir ou romper.

As próteses utilizadas neste tratamento são as chamadas endopróteses. São feitas de tecido sintético e apresentam uma estrutura metálica que permite sua compressão e expansão.

Cirurgia de Dissecção da Aorta

O tratamento cirúrgico das dissecções da aorta, principalmente as dissecções que acometem os seguimentos ascendente e arco, são sempre abertos. Consistem na retirada do segmento da aorta que deu inicio à dissecção e na sua substituição por uma prótese tubular. Com isso, o sangue não passa mais pelo falso trajeto dentro da parede da aorta.

Quando a dissecção da aorta compromete os vasos que irrigam o cérebro, muitas vezes há necessidade também de substituir os segmentos iniciais destes vasos por próteses tubulares.

As  dissecções que comprometem apenas a aorta descendente ou a abdominal podem, na grande maioria dos casos, ser tratadas da forma percutânea (fechada). Neste caso, é colocada uma prótese interna na aorta, recobrindo o local em que houve a criação do falso trajeto. Assim direciona-se o sangue para o trajeto normal e não mais pelo falso trajeto dentro da parede da aorta.

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